Ministério do Trabalho dá inicio ao processo de reconhecimento da profissão de Turismólogo.

Protocolado nesta quarta-feira, com o número MTE 4600.02180/2010-16, o Instituto Brasileiro de Turismólogos entregou ao Ministério do Trabalho e Emprego, dados e tabulação relativa à pesquisa realizada no último mês de setembro, onde apontou a situação profissional, registrando participação de 4.416 profissionais em todo o país, o documento possui 330 páginas e envolveu 10 turismólogos em sua elaboração.

A próxima etapa será realizada pela Divisão de Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, que analisará as funções desempenhadas pela categoria.

Dados complementares deste trabalho serão disponibilizados no site do Instituto.

Seguem alguns dados obtidos com a pesquisa.

• Universo quantitativo da pesquisa 4.416;
• Formação por década: de 71/80=36; de 81/90=77; de 91/00=333; de 01/10=3.746;
• Futuros profissionais: de 2011/15=224;
• Atuam no setor 2.583 (58,5%);
• Dos que atuam 80% estão no operacional e 20% gestão.
• Dos que atuam 85% no setor privado e 15% no setor público;
• Não Atuam no setor 1.833 (41,5%);

A CBO é o documento normalizador do reconhecimento para fins de classificação, nomeação e codificação dos títulos e conteúdos da ocupação do mercado de trabalho brasileiro – SEM FUNÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL.

Destacamos que um representante do Ministério do Trabalho estará presente como palestrante no Congresso Brasileiro de Turismólogos, a ser realizado de 12 a 15 de novembro em Belo Horizonte, Minas Gerais, apresentando a importância deste trabalho.

 

Fonte: Instituto Brasileiro de Turismólogos

Europa: França - Paris

Turistas e o Dilema do Louvre

image

O Musée du Louvre no Palácio do Louvre, localizado no centro de Paris entre o rio Sena e a Rue de Rivoli é um dos mais famosos e importantes museus do mundo, é lá onde estão a Mona Lisa, a Venus de Milo, uma vasta coleção de artefatos egípcios (minha coleção favorita!) e numerosas obras de grandes artistas.

O acervo do Museu do Louvre possui mais de 380 mil itens e mantém como exibição permanente mais de 35 mil obras de arte, distribuídas em oito departamentos. Sua coleção de pinturas é a segunda maior do mundo, com 12 mil peças, sendo que 6 mil destas estão em exibição permanente.

image

Sempre ouço o mesmo de conhecidos que vão à Paris e comentam que queriam muito conhecer o Museu, porém só conseguiram dar “uma passadinha”.  Esse pequeno problema assombra os turistas que vão ao Louvre, o Museu é gigantesco (Oba!) e conta com uma coleção extensa e maravilhosa (Oba!²), MAS com isso, todos querem tirar o máximo de proveito da visita e isto gera conflitos entre os turista na visita.

O que acaba acontecendo é o turista optar por duas saídas:

Opção Turista Rato de Museu (ta, admito que me encaixo nessa classificação)

O turista planeja sua visita desde a saída de casa ou meses antes, para percorrer lentamente e visitar cada coleção calmamente. Lógico que essa opção pode exigir dias ou semanas dependendo da temporada em que for realizada a visita.

Opção Turista Objetivo

Foi para Paris mas não quer deixar de visitar o Louvre, afinal, É O LOUVRE! Mas o tempo infelizmente é pouco,  existe mais 10 mil pessoas na sua frente e precisa conhecer mais de Paris. Portanto, escolhe as coleções de maior interesse para que possa curtir a sua visita, mesmo esta sendo curta.

Devo salientar que a visita ao Louvre é imperdível! Se o seu interesse é arte, faça a melhor escolha pra você e passe o tempo que precisar, com certeza não vai se arrepender :D

Particularmente falando, sou rata de museu assumida, posso passar horas ou talvez dias dentro de um museu, só me deixem uma garrafinha de água e tudo bem!

 

E você? Que opção escolheria?

image

Rio Grande do Sul: Região das Missões

 

 image

Patrimônio Histórico da Humanidade, título concedido pela UNESCO, as reduções Jesuíticas das Missões são o testemunho de uma experiência religiosa e social, cuja parte mais visível está localizada em território brasileiro, argentino e uruguaio. Sítios arqueológicos, museus, monumentos e locais históricos compõem o núcleo das Missões.

 

Sugestões:

São Miguel Arcanjo

O sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo, na Rota das Missões, um dos mais antigos Sete Povos Jesuítico-Guarani do Rio Grande do Sul se destaca pelo maior número de estruturas em melhor estado de conservação, declarado Patrimônio Histórico-Cultural da Humanidade pela Unesco – único no Estado.

 

image

 image

Circuito das Imagens Missioneiras

Roteiro em locais que abrigam peças produzidas durante o período das Reduções Jesuíticas, a complexidade e a peculiaridade da fusão da cultura guarani com a européia.

Circuito das Missões Internacionais (Iguassu Misiones)

Roteiro que integra visitação aos sítios arqueológicos argentinos, paraguaios e brasileiros, além dos Parques Nacionais do Iguaçu (BRasil e Argentina). No Brasil, o circuito percorre São Miguel das Missões, Sítio Arqueológico São João Batista em Entre-Ijuís e o Centro Histórico de Santo Ângelo.

Emoção e Aventura nas Missões

Cavalgadas, trilhas e passeios de bicicleta em diversas opções e graus de dificuldade agregam a natureza, religiosidade e o misticismo à cultura do povo e patrimônio missioneiros.

image

Caminhos Germânicos – Deutsche Wegen

Roteiro Cultural na Rota do Rio Uruguai que busca as origens da colonização germânica no contato com a simplicidade do interior, a gastronomia, o artesanato e a produção.

image

Caminhos de Aventura

Trilha do Museu do Imigrante, Trilha Ecológica Ouro Verde e Trilha Ecológica Três Bocas, nos municípios de Cândido Godói, Porto Lucena e Porto Mauá.

Assistir o Espetáculo Som e Luz

Ver o show diário, tendo a Igreja de São Miguel como palco, que conta a história das Missões através das duas testemunhas que permanecem no local: a Igreja e a Terra. O espetáculo inicia ao anoitecer e reproduz o sentimento histórico da região.

image

 

Assistir o Pôr-Do-Sol nas Missões

Não existem palavras para descrever o pôr do Sol nas Missões. É um espetáculo a cada dia! Uma mistura de cores, reflexos e aromas que mais parece uma grande trama de emoções dos povos que por lá passaram.

image

Visitar o Santuário Caaró

O Santuário homenageia a morte dos santos missioneiros Roque González, Afonso Rodrigues e João de Castilhos, ocorrida em 1628. Aqui são recebidos milhares de pessoas em romarias e peregrinações, que buscam a água reconhecida como milagrosa.

image

Saborear as Delícias da Cidade das Tortas

Associação constituída de sete empresas da área de panificação, confeiteira, vinícola, chocolataria e produtos naturais. Dentro desta diversidade de elementos produtivos nasceu uma interação voltada para o desenvolvimento e fortalecimento de cada associado com a troca de experiência gerencial, ação conjunta para a participação de todos em eventos.

image

Catedral Santo Ângelo

A catedral foi construída em 1929, mantendo algumas semelhanças com a igreja da redução de São Miguel Arcanjo; em seu interior encontra-se uma imagem do cristo morto, da época jesuítico-guarani.

image

image

Rio Grande do Sul: Rota do Yucumã

  image

  O Salto do Yucumã, na Reserva Estadual do Turvo, na cidade de Derrubadas, são cascatas consecutivas, com aproximadamente 10 metros de altura (variando até 31 metros, a mais alta quando o rio está com pouco volume de água) por 1,800m do Rio Uruguai, na divisa do Brasil com a Argentina.  image

A particularidade destas cascatas é que elas não são transversais ao curso do rio como na maioria das ocorrências e sim, longitudinais. Na verdade o salto do Yucumã é o maior salto longitudinal do mundo.

image

Nos dois países o salto é protegido por parques que visam a preservação da natureza. A principal cidade da Rota do Yucumã é Ijuí, cuja característica mais marcante é a diversidade étnica do seu povo, suas águas minerais e a grande produção agrícola.

image

Rio Grande do Sul

Do dia 13 de setembro até dia 20, ocorre a Semana Farroupilha aqui no meu querido Rio Grande do Sul. Por isso, quero pedir licença àqueles que daqui não são e expressar todo meu amor por esse Estado.

Durante toda essa semana, os posts serão sobre cidades, curiosidades e demais atrativos do Rio Grande do Sul. Espero que gostem :D

 

 

  “Ser Gaúcho não é só uma questão de geografia!

Ser Gaúcho é um estado de espírito,

quase uma religião!”

Turismo Religioso

 

image

No mundo inteiro, as cidades e atrativos religiosos atraem turistas em busca de experiências que despertem seus sentimentos de fé e esperança. Em nosso país não é diferente, além de sermos o maior país católico do planeta, temos inúmeras manifestações religiosas que, juntamente com nossa cultura, tornam-se em verdadeiros espetáculos de fé, conseguindo deste modo, mobilizar milhares de peregrinos.

 

Cabe citar que existem diferentes tipos de viagens com intuito religioso. Alguns turistas vão a determinado lugar para conhecer templos, outros vão  para pagar promessas e ainda há aqueles que vão apenas para conhecer o local. Na maioria dos casos, o que levam estes turistas a praticarem os diferenciados tipos de viagens religiosas é a necessidade de estar em destinos onde a fé se apresenta em maior intensidade. Mas as viagens não se limitam aos destinos ditos religiosos. Muitos turistas fazem peregrinações em busca do estilo Barroco brasileiro, que como característica principal mistura, de forma natural, a arte e a religião. As opções espalhadas pelo país são diversas, desde cidades barrocas mineiras como Ouro Preto, Congonhas do Campo e Mariana, até a capital baiana Salvador, que guarda tantas outras obras-primas da arquitetura e da fé.

image

Aqui será o espaço para tratarmos destes destinos e seus atrativos. Espero que gostem! =)

Abraços, Carol.

Cadastur

O Cadastur é o sistema on-line do Ministério do Turismo para cadastramento dos prestadores de serviços turísticos, bacharéis e guias de turismo.  Além de garantir mais credibilidade para o profissional do setor, possibilita a participação deles em licitações e em programas de apoio e financiamento, além de feiras, eventos e programas de qualificação promovidos pelo Governo Federal.

cadastur220909

Quem deve se cadastrar?

De acordo com os arts. 21 e 22 da Lei n°11.771, de 17 de setembro de 2008, o cadastro tornou-se obrigatório para as agências de turismo, meios de hospedagem, transportadoras turísticas, organizadores de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos. Deverá obrigatoriamente se cadastrar o profissional guia de turismo conforme a Lei n°8.623/93.

Em caráter opcional, também poderão se cadastrar restaurantes, cafeterias, bares, centros de convenções, parques temáticos aquáticos, estruturas de apoio ao turismo náutico, casas de espetáculo, prestadoras de serviços de infraestrutura para eventos, locadoras de veículos para turistas, prestadoras especializadas em segmentos turísticos e bacharéis em turismo.

Quais os benefícios do Cadastur?

- Participação em eventos, feiras e ações do Ministério do Turismo, como o Salão do Turismo, Vai Brasil e Portal de Hospedagem.

- Acesso a financiamento em bancos oficiais

- Participação em programas de qualificação promovidos e apoiados pelo Ministério do Turismo

- Apoio à participação e promoção em feiras e eventos nacionais e internacionais.

Como se cadastrar?

O cadastro é gratuíto. Acesse: www.cadastur.turismo.gov.br e preencha os campos solicitados no próprio sistema. Após a conclusão dessa etapa, envie ao Órgão Oficial de Turismo do Estado os documentos solicitados para a análise e posterior homologação do cadastro junto ao Ministério do Turismo.

cadasturfolder220909

Fonte: Ministério do Turismo

Profissão Turismólogo

O Turismólogo

Bacharel em Turismo, o Turismólogo, refere-se ao título acadêmico do profissional egresso do Curso Superior de Turismo que foi implantado no Brasil em 1970, sendo sua formação na área das Ciências Humanas.

Através da sua formação acadêmica adquire a capacidade de análise crítica e de reflexão, tornando-se um agente de transformação dentro da Cadeia Produtiva do Turismo.

Com o desenvolvimento do Turismo e do comportamento contemporâneo globalizado, os consumidores tornaram-se mais exigentes com  relação à prestação de serviços na atividade turística e a mão-de-obra especializada passou a ser um componente fundamental do fator qualidade, sendo o Bacharel em Turismo um importante componente desta oferta.

 

image

 

Código de Ética do Turismólogo

O exercício profissional do Turismólogo deve ser orientado pelas premissas e princípios inerentes ao modelo de Turismo sustentável. Em sua atuação, o aproveitamento racional dos recursos naturais e culturais nos processos de planejamento, além do discernimento na elaboração e formatação de produtos turísticos, devem ser considerados.

Área de Atuação do Turismólogo

O Turismólogo poderá atuar como profissional liberal em meios de hospedagem, empresas de alimentos, bebidas e gastronomia em geral, empresas prestadoras de serviços de agenciamento de turismo, transportes aéreos e de superfície, promotoras de eventos, recreação e lazer, órgãos públicos do setor, organismos de representações diplomáticas, empresas de assessoria e consultoria de Turismo, organizações de informação, documentação, estudos e pesquisa de Turismo, parques ecológicos e áreas de preservação ambiental, ONG’S, museus e toda e qualquer entidade ligada ao setor de Turismo.

Juramento do Turismólogo

“Prometo, como Bacharel em Turismo, dedicar-me à pesquisa e ao desenvolvimento sustentável do Turismo, empenhar-me pelo engrandecimento do fenômeno turístico, no Brasil e no Mundo; preservar o Turismo como instrumento de paz, bem estar e entendimento entre os povos, respeitando os princípios éticos da profissão e as leis do país”.

Fonte: ABBTUR

Copa do mundo: Brasil faz lição de casa na África do Sul

Ao transitar pelas cidades da África do Sul, onde estão ocorrendo os jogos da Copa do Mundo, será difícil não esbarrar em brasileiros, sejam eles torcedores, trabalhadores ou gestores da Copa de 2014. Os torcedores estão por lá para acompanhar a seleção na sua caminhada rumo ao hexa. O segundo grupo é formado por aqueles que encontraram no país sul-africano novas e boas chances de prosperar. Mas, e os gestores? Estas fazem um pouco de cada, assistindo, torcendo, mas, principalmente, trabalhando, ou seja, colhendo o máximo de informações e experiências da Copa 2010 para o Mundial de 2014, a ser realizado no Brasil.

No contexto dos que foram "estudar" a Copa de 2010 está a comitiva que faz parte do Host City Observer Programme (Programa de Observação da FIFA), de iniciativa da FIFA, que esteve na África do Sul de 19 a 24 de junho.

A comitiva, composta por 49 brasileiros - representantes das 12 cidades-sedes brasileiras - participou de palestras e seminários, reservadas à todas as manhãs de acordo com o protocolo da entidade, sempre tendo como temas principais: marketing, comunicação, direitos e deveres das cidades e dos patrocinadores, transporte e infraestrutura. Aliás, no terceiro dia de palestras, a FIFA foi clara ao anunciar que 90% da responsabilidade na organização do evento, serão das cidades-sede.

20100628_casabrasil2_pagint.jpg.jpg_1332779640                      Comitiva gaúcha participa de atividades na Casa Brasil em Joanesburgo

Também foram colocados com bastante clareza e riqueza de detalhes aos integrantes da comitiva, assuntos como: proteção das marcas, utilização de placas de ruas nos trajetos estabelecidos pela FIFA, debate para a implantação de um marco regulatório nas cidades para disciplinar a propaganda, a fim de que sejam protegidos os direitos dos patrocinadores.

Na parte da tarde, a comitiva realizava visitas aos estádios e obras de infra-estrutura. O primeiro foi o Soccer City, em Joanesburgo. "Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a complexidade que um evento deste porte leva, por exemplo, a uma cidade com um território físico como a de Joanesburgo", analisa Newton Baggio, secretário de Gestão de Porto Alegre.

Direto de Natal (RN), o secretário estadual para Assuntos Relativos à Copa (Secopa), Fernando Fernandes, ao lado do secretário Municipal de Comunicação Social, Jean Valério, e do vice-prefeito de Natal, Paulinho Valério, destacaram alguns pontos a serem analisados, tais como: transporte público, segurança e até o envolvimento da população com o evento. Eles ficaram surpresos com a diferença entre os campos, ou arenas, na África do Sul para a Copa, e os estádios brasileiros, destacando o conforto e a segurança.

image                                      Cidades-sede participam do Programa Observadores da Fifa

Já Baggio possui opinião diferente, pois acha que as arenas sul-africanas estavam bem preparadas e estruturadas para receber os jogos, mas nada muito à frente do que pode ser feito com os estádios brasileiros. Outro problema que preocupa os brasileiros, ainda segundo o secretário, é a questão dos ingressos. "No início eles tiveram alguns problemas na distribuição e venda dos tíquetes, mas entenderam o sistema e não aconteceu mais". Já em relação à segurança, item bastante discutido, notou-se mais policiais nos estádios do que nas ruas e alguns deles ainda seguem em treinamento.

Da região Nordeste, estiveram presentes no “Programa de Observação da FIFA” o secretário de Turismo de Recife, Samuel Oliveira, e o secretário de Turismo de Pernambuco, Paulo Câmara, que além dos pontos já citados, ainda procuraram analisar a mobilidade urbana e os aeroportos, tópico importante quando se trata de Copa do Mundo. "Achei o aeroporto de Joanesburgo bem sinalizado e de trânsito fácil, assim como as cidades e principais vias de acesso. Para complementar o povo é bastante participativo e alegre", finalizou o secretário.

Os integrantes da comitiva brasileira acreditam que a reunião de boas informações trazidas das experiências na África do Sul, servirão para que o País se prepare melhor para realizar uma excelente Copa do Mundo em 2014. 

 Fonte: http://www.copa2014.turismo.gov.br

Reality Tours: Turismo na Favela da Rocinha

Podendo ser nos campos de concentração de Auschwitz ou na Rocinha, os Reality Tours ou, turismo de realidade, vem ganhando espaço entre os turistas cada vez mais. Essa segmentação do turismo leva os visitantes a lugares que na maioria das vezes não são tão requisitados. O público dessa categoria geralmente busca fortes emoções e ao mesmo tempo, conhecer a história do local que passou por conflitos e poder tirar boas experiências e lições do que com certeza é mais que um simples passei turístico.

21_mvg_rio_rocinha               Desde 1992 a Rocinha não é mais classificada como favela, e sim bairro. Porém, por mais que a classificação oficial tenha mudado, na prática os turistas saem dizendo que visitaram uma típica favela. É realmente complicado dizer o quanto a Rocinha é ou não uma favela. Do alto do morro o cenário é paradoxal. A maioria das casas é simples, mas a vista é a mesma dos condomínios de São Conrado. Além disso, são casas sem pintura, mas com caixa d'água e antena parabólica. São ruas estreitas, mas com calçamento e carros relativamente novos. Tem tampas de esgoto estouradas, mas tem garis por toda parte. Tem "gatos" nos postes de luz, mas tem casa de internet Access.

Fonte: www.rocinha.com

  Atualmente, só a Rocinha recebe mais de 2000 visitantes por mês, levados por agências que operam passeios dentro do local. E, além desta, Morro da Babilônia, Morro dos Prazeres e, mais recentemente, Morro da Providência também já recebem turistas do mundo todo.

Esse tema tem causado polêmica, pois questiona dilemas éticos, recorrentes da exposição dos moradores ao público que o visita. Até que ponto é correto expor como atração turística a situação que os moradores da comunidade vivem? Por outro lado, também levanta questões como: Quais estratégias são adotadas pelos promotores turísticos para convencer o público potencial à visitar o local que possui uma imagem diretamente ligada à pobreza e violência? Como tornar uma favela em uma atração turística? E, acredito que a principal questão: Qual os benefícios que essa atividade trará à comunidade local?

Creio ser necessário trabalhar a construção da imagem “favela” como destino turístico com base em três principais questões:

1) Como atrativo para o exterior, dentro da segmentação turismo de realidade;

2) na questão de consumo da comunidade, em nível global, com a imagem a que está automaticamente ligada, a da pobreza, violência e, ao mesmo tempo, à imagem da autenticidade da localidade;

3) e, por fim, é necessário verificar se a comunidade está realmente interessada em receber os turistas no local onde vivem e de que maneira isso poderá ser algo que ajude no desenvolvimento da localidade sem agredi-la.

O turismo dentro da Rocinha, por exemplo, é organizado por agentes externos que cobram cerca de R$35,00 por pessoa para um tour de duração aproximada de 4 horas. Durante o passeio, os visitantes, na sua maioria estrangeiros, aprendem sobre a história e o cotidiano de uma favela, visitam os principais pontos como a Rua 1, onde ocorre a maior concentração do comércio da Rocinha, lá podem adquirir artesanato produzido pela população, camisetas, quadros, esculturas e demais artigos fabricados, visitam projetos sociais desenvolvidos dentro da comunidade, podendo fazer doações e, conferem a cidade do Rio de Janeiro da sua melhor vista.

Uma das grandes perguntas feitas sobre esse assunto é: O que leva turistas estrangeiros, diante das tantas atrações do Rio, acabarem por optar conhecer uma favela?

Durante minha visita ao Rio no início do ano, tive a oportunidade de conversar com o guia e presenciar um grupo que iria visitar a Rocinha ( maioria europeus) e fiz essa mesma pergunta a alguns dos turistas e ao guia. Como resposta ouvi variadas opiniões e motivos para o passeio, entre elas conhecer a cultura do local, ver como “aquelas casinhas ficam em pé no morro”, outros ainda querem ver mais de perto o que eles viram na tv, ainda há aqueles que querem de certa maneira ajudar a comunidade.

O que acontece na maioria das vezes, de acordo com o guia, é que os turistas vão para o roteiro com uma imagem formada, geralmente a que eles assistiram pela mídia e quando se deparam com a realidade da Rocinha, voltam com outra opinião, acham que irão ver somente pobreza e violência, porém eles se deparam com casas, academias, casas de shows, restaurantes, postos de saúde e demais serviços prestados dentro da comunidade, além de uma vista privilegiada da cidade. Acabam saindo com uma impressão totalmente diferente da que tinham antes de realizarem o passeio e ainda recomendam à outras pessoas.

 

2934C7_1

A Rocinha em números

A ex-favela abriga hoje cerca de 2500 estabelecimentos comerciais dos mais variados tipos:

02 linhas de ônibus                            02 bancos

02 rádios                                           03 casas de shows

04 escolas                                         01 Correio

03 Jornais                                         02 Postos de saúde

02 supermercados                             01 empresa de ônibus

01 operadora de TV a cabo                 01 Teatro

Fonte: www.rocinha.com

rocinha-favela Apesar de toda a polêmica, comentários de que a atividade é de mau gosto e demais críticas, não podemos negar que é algo lucrativo para os 3 lados.  As empresas faturam com essa nova demanda. Os turistas conhecem a “outra cara” da cidade e  ganham uma grande experiência e mudam seus conceitos sobre a favela. A comunidade é valorizada e se torna menos estigmatizada e além disso, é através do turismo que outras grandes empresas conseguem entrar em contato com a Rocinha para ajudar em projetos sociais e fazer doações à comunidade.

Acredito que o roteiro pode ser realizado, mas desde que seja, como já foi dito, algo sustentável e busque de alguma maneira ajudar as pessoas que vivem no local, já que o turismo é de fato um meio de estar desenvolvendo socialmente e economicamente a localidade. Quanto à delicada relação entre o turismo e o tráfico, é necessário informar que há uma grande variação de favela para favela. Na Rocinha, por exemplo, desde que a presença do turismo não atrapalhe o “movimento”, parece não haver problemas, nem mesmo necessidade de negociação direta entre agências e traficantes. Já em outras favelas, alguns passeios tiveram que ser negociados e até paralisados depois que um traficante ordenou, da cadeia, que não fossem mais feitas visitas de turistas àquela favela. E, por fim, novamente deve ser lembrado que o produto turístico como favela, deve ser trabalhado no quesito da interpretação do local para cada parte envolvida e saber lidar com essas situações. Qual imagem o turista tem da favela e da comunidade e qual imagem ele vai possuir após sua visita? Qual a imagem e opinião da comunidade sobre os visitantes e os roteiros? A comunidade realmente quer esse tipo de atividade? Com isso, creio que os roteiros dentro de favelas podem estar ajudando o local, principalmente na mudança da imagem de seus moradores trazendo assim, uma valorização para os mesmos e benefícios para todas as partes do modo correto.

Turismo & Museus

Caramba, tchê! Quanto tempo que não posto nesse blog! Coitadinho, só me lembro de atualizar o outro e esse aqui ficou esquecido... Muy Bien, hoje estava aqui de bobeira, tomando um chima e fui tomada por uma vontade incontrolável de vir aqui e postar algo sobre museus e o turismo. Sim, quem me conhece sabe o quanto adoro museu e como toda boa rata, sou facilmente encontrada vagando dentro de um.

A relação museus e turismo vem atraindo muitas pessoas que buscam não somente o lazer, mas também conhecer a história do local. Os museus são elementos que ajudam nessa busca por conhecimento e também na valorização da localidade, fortalecendo o orgulho histórico-cultural por parte dos turistas e comunidade local. Utilizar estes espaços para uma atividade cultural, que possa atrair a população, os turistas e ao mesmo tempo ofereça um retorno financeiro para a própria manutenção do local, é uma boa opção para que este patrimônio não acabe se degradando e ao mesmo tempo ajude no desenvolvimento do turismo na região.

O Patrimônio Cultural de uma localidade envolve bens materiais (como museus e obras de artes) e imateriais (como folclore e crenças), demonstrando grande potencial de desenvolvimento turístico. O que muitas vezes acontece, é a perda desse patrimônio por falta de conservação e apoio governamental ou até mesmo por falta de cuidado de seus residentes. Uma alternativa para que isso não mais ocorra é utilizar o turismo para captar recursos para a preservação desses locais, utilizando-os como espaços para eventos culturais, onde atraia a população local e os turistas e juntamente traga um retorno financeiro para a manutenção do espaço em questão.

Grandes cidades turísticas como Nova York e Paris recebem diariamente um grande número de visitantes que chegam de todas as partes do mundo todos os dias. Dentre os vários atrativos oferecidos por essas cidades os museus são elementos a serem notados. Na França, todos os turistas que percorrem a capital do país sempre passam pelo Louvre, um dos mais importantes museus do mundo. Hoje em dia os grandes museus do mundo, contam com exposições temporárias, que são renovadas de tempos em tempos, uma equipe treinada e diferenciada para poder atender diferentes públicos e faixa etária, promoções para dias comemorativos, curadoria entre outros. Logo, percebe-se que os museus por si próprios formam um pólo de atração dentro do turismo.

 mac louvre20at20dusk

Trazendo a questão para o Brasil, os nossos museus possuem um grande potencial, o Museu de São Paulo, o MASP, é considerado o mais importante museu do país e da América Latina, por possuir um acervo incrível, o Museu da Inconfidência em Ouro Preto, e atualmente a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, que possui uma infra-estrutura diferenciada, e vem atraindo turistas de outros países, sendo que a capital gaúcha conta com mais de 40 museus, sendo estes de artes, históricos e ciências. O Brasil possui uma vasta gama de Museus, uma visita a qualquer um desses locais, possui um enorme valor, pois a pessoa poderá, além de ver obras de arte, ver o valor da arquitetura do prédio do museu que é uma atração a parte, sendo que na grande maioria foram construídos no início do século XX. Outra característica importante que deve ser citada é o tratamento paisagístico, muitos museus possuem roteiros próprios somente para que os visitantes conheçam os seus jardins juntamente com seus atrativos culturais.

Muitas vezes alguns museus podem indicar alternativas econômicas viáveis para que desenvolva mais empregos e atividades no setor de serviços, relacionados ao turismo. A fundação Museu de Homem Americano, em São Raimundo Nonato – PI é um bom exemplo. É uma instituição que une pesquisa arqueológica com museu de sítio, museu ao ar livre e produção de peças artesanais de cerâmica, com motivos que reproduzem a arte rupestre. Objetiva-se a colocar a disposição do público o conhecimento sobre os mais de 400 sítios arqueológicos da área, sendo permitida a  visita aos locais com pinturas rupestres, localizadas no Parque Nacional da Serra da Capivara. Esse Projeto também foi aceito como um pólo de atração turística, que visa não só a divulgação do patrimônio arqueológico do local, mas também desenvolver a economia auto-sustentável, em uma região onde são poucas as possibilidades de trabalho.

santander1  584px-Margs_fachada_principal

Santander Cultural e MARGS no RS.

Percebe-se que a relação entre museus e turismo vem se desenvolvendo cada vez mais, e representa segmento de mercado a ser trabalhado. Nesse sentido, alguns investimentos são necessários por parte dos museus das comunidades envolvidas e dos setores ligados ao turismo. Mesmo diante das dificuldades assinaladas, nota-se a importância de ressaltar o potencial turístico dos museus em questão e como o turismo pode ajudar nesse desenvolvimento.

Prosa Rápida sobre Turismo Histórico-Cultural


Confesso que o segmento que mais me chama atenção (praticante viciada) dentro do Turismo é o turismo Cultural, principalmente o "histórico-cultural". Buenas!! De acordo com o Ministério do Turismo, Turismo Cultural compreende:

" ...as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico-cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura."

Dentro deste segmento que é um dos mais procurados pelos turistas, pode-se visitar casarões antigos, museus, monumentos e outros patrimônios históricos-culturais. Porém o que muitas vezes acontece, é o esquecimento de um dos fatores mais importantes dentro do turismo histórico-cultural: a vivência da cultura local. Isso não tem preço! Hoje em dia procuramos cada vez mais a vivenciar momentos especiais durante as nossas viagens. Não somente conhecer superficialmente o local, mas aprender e poder viver juntamente com as pessoas que estão ali nos prestando o serviço. Porque não podemos aprender a receita do prato típico do local? Isso com certeza faz toda a diferença dentro da viagem. Estamos a procura de momentos mágicos!